Indústria se afasta de SP 7,7 km ao ano
(Folha de São Paulo de 24/09/2010)
Após 15 anos na Vila Olímpia (zona sul de São Paulo), a doceria Amor aos Pedaços procura outro endereço para sua cozinha industrial. Atualmente, ela ocupa um espaço de cerca de 1.500 metros quadrados no bairro.
É a partir dali que são distribuídos, em formato "semi-acabado", os bolos e as tortas que vão ser vendidos nas 54 lojas da rede em cinco Estados e Brasília.
Agora, o aumento do custo de locação -que acompanhou o boom imobiliário- e o trânsito complicado na região fazem a empresa ir em busca de novos horizontes.
Ela segue uma tendência que, a cada ano, tem "deslocado" as fábricas da capital paulista a uma média de 7,7 kms rumo ao interior.
A companhia considera diversos destinos -inclusive cidades próximas. E engorda uma demanda crescente, segundo avaliação de construtoras e imobiliárias.
CONDOMÍNIOS
Um estudo da Herzog imóveis Industriais e Comerciais mapeou o surgimento dos chamados "condomínios industriais" ou "logísticos". Primeiramente, na Grande São Paulo. Depois, em cidades a até 100 quilômetros da capital.
Esses empreendimentos são galpões, divididos em módulos, que podem ser alugados por uma empresa ou por várias delas. Além disso, incluem serviços, como se urança, limpeza e estacionamento.
Há quatro regiões principais para os condomínios paulistas: São Paulo (considerando o ABC e Guarulhos), Barueri, Jundiaí e Campinas.
Desde 1997 -quando foi inaugurado o primeiro, em Barueri-, os condomínios têm se afastado cada vez mais da capital.
"Fora da cidade, o valor de locação pago pelas indústrias é mais baixo. E o escoamento da produção é mais fácil", diz Simone Santos, diretora de serviços corporativos da Herzog.
CUSTOS
O preço pedido por metro quadrado em um condomínio na capital ou na Grande São Paulo, segundo a imobiliária, fica entre R$ 18 e R$ 22 por mês. No interior, vai de R$ 15 a R$ 19. Esse valores não incluem despesas relativas às áreas comuns, que variam de acordo com as facilidades oferecidas pelo empreendimento.
Os custos desse tipo, ainda de acordo com a imobiliária, vão de R$ 1,5 a R$ 3,5 por metro quadrado de área locável.
Considerando todos esses gastos, a Herzog aponta que a despesa de uma indústria em um condomínio chega a ser 10% da que ela teria para manter os mesmos serviços em um galpão próprio.
"No condomínio, os custos comuns são divididos pelos locatários", diz Santos.
"Escoar a produção na cidade de São Paulo é cada vez mais difícil", diz Ricardo Miragaia, diretor-executivo da Amor aos Pedaços. "E precisamos de espaço."
Após 15 anos na Vila Olímpia (zona sul de São Paulo), a doceria Amor aos Pedaços procura outro endereço para sua cozinha industrial. Atualmente, ela ocupa um espaço de cerca de 1.500 metros quadrados no bairro.
É a partir dali que são distribuídos, em formato "semi-acabado", os bolos e as tortas que vão ser vendidos nas 54 lojas da rede em cinco Estados e Brasília.
Agora, o aumento do custo de locação -que acompanhou o boom imobiliário- e o trânsito complicado na região fazem a empresa ir em busca de novos horizontes.
Ela segue uma tendência que, a cada ano, tem "deslocado" as fábricas da capital paulista a uma média de 7,7 kms rumo ao interior.
A companhia considera diversos destinos -inclusive cidades próximas. E engorda uma demanda crescente, segundo avaliação de construtoras e imobiliárias.
CONDOMÍNIOS
Um estudo da Herzog imóveis Industriais e Comerciais mapeou o surgimento dos chamados "condomínios industriais" ou "logísticos". Primeiramente, na Grande São Paulo. Depois, em cidades a até 100 quilômetros da capital.
Esses empreendimentos são galpões, divididos em módulos, que podem ser alugados por uma empresa ou por várias delas. Além disso, incluem serviços, como se urança, limpeza e estacionamento.
Há quatro regiões principais para os condomínios paulistas: São Paulo (considerando o ABC e Guarulhos), Barueri, Jundiaí e Campinas.
Desde 1997 -quando foi inaugurado o primeiro, em Barueri-, os condomínios têm se afastado cada vez mais da capital.
"Fora da cidade, o valor de locação pago pelas indústrias é mais baixo. E o escoamento da produção é mais fácil", diz Simone Santos, diretora de serviços corporativos da Herzog.
CUSTOS
O preço pedido por metro quadrado em um condomínio na capital ou na Grande São Paulo, segundo a imobiliária, fica entre R$ 18 e R$ 22 por mês. No interior, vai de R$ 15 a R$ 19. Esse valores não incluem despesas relativas às áreas comuns, que variam de acordo com as facilidades oferecidas pelo empreendimento.
Os custos desse tipo, ainda de acordo com a imobiliária, vão de R$ 1,5 a R$ 3,5 por metro quadrado de área locável.
Considerando todos esses gastos, a Herzog aponta que a despesa de uma indústria em um condomínio chega a ser 10% da que ela teria para manter os mesmos serviços em um galpão próprio.
"No condomínio, os custos comuns são divididos pelos locatários", diz Santos.
"Escoar a produção na cidade de São Paulo é cada vez mais difícil", diz Ricardo Miragaia, diretor-executivo da Amor aos Pedaços. "E precisamos de espaço."
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