Razão ou emoção eis a questão
É melhor seguir a lógica ou o coração? Somos seres racionais ou emocionais? É possível separar a razão da emoção?
Na medida em que passamos a prever as consequências de nossas escolhas nos responsabilizamos por elas. Assim, analisamos nossos sentimentos e ganhamos autoconfiança e coragem.
Muitas vezes usamos de um mecanismo de defesa, a chamada razão, para não encarar os nossos medos: criamos desculpas racionais para nossas dificuldades emocionais. Uma maneira fácil para distinguirmos se estamos tendo um pensamento racional, ou fazendo uma racionalização, é notar a diferença entre os dois: o pensamento racional busca "razões boas" enquanto que a racionalização cria "boas razões".
Platão, no século IV a.C, apregoava que o homem deveria suprimir sua sensibilidade, suas emoções, pois elas o impedem de agir moralmente, ou seja, racionalmente. Para ele e muitos neo-intelectuais, filosofar é agir puramente de forma racional. Antonio Damásio no seu livro O Erro de Descartes - Emoção, Razão e Cérebro Humano, estudioso de neurobiologia do comportamento humano e investigador das áreas cerebrais responsáveis pela tomada de decisões e conduta. Foi com base no estudo de muitos doentes, que começou a compilar um "mapa do sentimento", localizando as áreas específicas do cérebro que são responsáveis pela geração de emoções. Concluiu que: "Um cérebro que não consegue sentir, não pode decidir".
A Razão e emoção estão interligadas e são interdependentes. O funcionamento da mente humana no instante da escolha, de Jonah Lehrer (2009) aborda que nós, seres humanos, somos emocionais por excelência. A neurociência está nos provando que a ideia de que somos seres racionais estava equivocada.
No entanto, podemos e devemos refletir, mas, quando chega o momento de decidir, não há como evitar o medo da decisão diante do desconhecido. Em primeiro lugar sabemos que toda experiência é única. Logo não temos como buscar garantias em outras experiências. Só quando nos tornamos o novo é que sabemos que cara ele tem.
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