O valor que um investidor oferece por uma empresa é o que de fato ela vale?

O primeiro conceito fundamental que precisamos entender sobre o valor de uma empresa, antes de qualquer estrutura financeira, é uma percepção de mercado. Isso significa que não há exatidão no cálculo, pois essas percepções podem ser diferentes, dependendo de quem estamos falando. Por isso, é fundamental que se tenha um conhecimento real da sua empresa, questionando se o valor que os acionistas e administradores enxergam, considerando seus riscos e oportunidades, é o mesmo valor percebido pelo mercado. Afinal, quem compra é quem de fato dita quanto vale. Fica impossível defender o seu valor sem um bom “Business Plan”.

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A definição do valor de mercado de uma empresa é uma tarefa relativamente complexa, demandando uma coerência e rigor conceitual na formulação do modelo de avaliação. Em verdade, não há como prescindir de certa subjetividade na definição deste valor, principalmente por se tratar de um trabalho baseado em resultados esperado gerado a partir das forças que atuam no mercado. O investidor adquire por certo valor, um determinado retorno esperado de se realizar no futuro, sujeito a imprevistos e fatores não controláveis totalmente no processo de previsão.

A maior dificuldade de um empreendedor é fazer o "valuation" da sua empresa é entender que não está relacionado ao valor do ativo e passivo e sim está diretamente relacionado ao fluxo de caixa que os ativos irão proporcionar considerando a amortização dos passivos. Quando um investidor se refere a uma startup "early stage", ela provavelmente não tem um produto com receita e precisa de capital semente ou de “anjos”. Quando se fala "growth stage", trata-se de uma empresa que já tem alguns milhões em receita mas precisa de capital para alavancar seu crescimento - ou seja, ela provavelmente irá procurar um venture capital.

Os fundos Venture Capital (VC) citado acima, e é normalmente usado para descrever todas as classes de investidores de risco. O seu objetivo é ajudá-las a crescer e fazer uma grande operação de venda, fusão ou abertura de capital no futuro. Os fundos Private equity são responsáveis pelas operações de fusões e vendas em grandes empresas, que normalmente faturam mais que R$ 100 milhões anualmente. Nesse estágio, os investimentos envolvem quantias bem maiores que os R$ 15 milhões do VC, e por isso os investidores costumam trabalhar com empresas de capital aberto ou prestes a abrirem seu capital.

A avaliação de uma empresa não se processa mediante os fundamentos de uma ciência exata, onde se permite a comprovação absoluta e irrefutável dos resultados apurados. Os fatores considerados na avaliação procuram relatar a realidade do ambiente econômico da empresa, calcados entretanto em certas premissas e hipóteses comportamentais. Todo modelo de avaliação desenvolve expectativas para projeção de cenários econômicos e resultados esperados, do período de previsão, da definição da taxa de atratividade econômica que deverá remunerar os proprietários de capital, e do valor residual do empreendimento.
 
Toda teoria de Corporate Finance e Valuation vem evoluindo em bases conceituais coerentes e estruturadas, permitindo dar um escopo consistente à determinação do valor da empresa. Neste contexto adotamos o modelo de avaliação do Fluxo de Caixa Descontado (FDC).

O método do FDC incorpora o pressuposto de que um investidor somente abre mão de um consumo atual em troca de um consumo maior no futuro, levando em consideração o conceito do valor do dinheiro no tempo. A taxa de atratividade definida para a avaliação econômica, é aquela que proporciona um retorno esperado às varias fontes de capital de maneira a remunerar inclusive o risco assumido.
Desta forma, a estrutura básica de avaliação pelo método de fluxo de caixa descontado para determinação do valor da empresa, segue três fases básicas: 
  • Horizonte de tempo das operações 
  • Projeção dos fluxos de caixa 
  • Taxa mínima de atratividade como taxa de desconto 
Ciclo de Vida Empresarial
Quando analisamos um investimento o ideal é que venha com um bom “Business Plan”. Ele deve ser lógico, claro e empolgante, podendo ser lido em cinco minutos e ainda ser capaz de dar uma ideia geral do negócio. O Plano de Negócio deve conter o Conceito do Negócio e a Oportunidade, a descrição dos produtos ou serviços e principalmente do Mercado. Quem irá trabalhar na geração dos resultados: Os Sócios, a Gerência e equipe. Qual o financiamento requerido nos detalhes de quanto foi investido até a presente data. Quanto ainda deverá ser investido deve estar muito claro. Quais são as projeções de receita para os próximos três anos e cinco anos. Qual será a aplicação dos fundos. Qual será o retorno para os investidores. Qual é a estratégia de abandono do negócio (caso algo dê errado ou fuja ao controle). Conhecer os seus riscos facilita qualquer investimento. 

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