Você sabe o que é “burnout”?
Os altos executivos brasileiros passam em média mais de 14 horas no escritório, 1 hora a mais do que há uma década. A pressão por resultado cresce a cada dia. O ciclo de permanência dos executivos vem caindo ano a ano. Em 2014 11% dos presidentes das grandes empresas forma trocados. Neste ao a média já subiu para 17%. Recente relato publicado na revista Exame da ex-diretora executiva da O Boticário vem reforçar as estatísticas:
Numa manhã de janeiro de 2014, durante suas férias, ela não conseguiu levantar da cama. Acreditava estar tendo um AVC, foi diagnosticada com uma crise de burnout.
O burnout é a síndrome que já atinge quase 10% dos
trabalhadores nos Estados Unidos. No Brasil, ainda não existem estatísticas
divulgadas, mas sabe-se que o problema vem se alastrando. A síndrome é uma
mistura de desmotivação, sentimento de impotência e derrota, perseguição e
boicote no trabalho. Além dos prejuízos para a produtividade, a doença pode
produzir efeitos clínicos, deixando o portador suscetível a doenças
oportunistas, taquicardia e complicações gastro intestinal. A diferença do burnout para o estresse é que os sintomas do primeiro se mostram principalmente
quando a pessoa está no ambiente de trabalho.
O grande desafio para o combate da doença é diagnosticá-la,
uma vez que o paciente reluta em admitir que esteja doente, buscando causas
diversas para a desmotivação e o mau humor típicos do burnout. Não combatida a
tempo, a síndrome pode induzir a um colapso nervoso.
SINTOMAS:
Apatia – Falta de expectativa de crescimento profissional. A pessoa
não se entusiasma por nenhum projeto na empresa.
Baixa autoestima
– Sentimento de que tudo que faz não está bom. Se sente inábil e improdutivo.
Tem dificuldade de concentração e passa a não emitir opiniões, pois as
considera inúteis.
Síndrome de
perseguição – O doente acredita que um grupo ou todos estão envolvidos em
um complô contra ele.
Auto cobrança – O
doente adota uma posição perfeccionista, se cobra muito e sente-se muito
cobrado pela empresa.
Impotência – Se
sente com as mãos amarradas, sem autonomia para tomar decisões.
Alta ansiedade –
O doente vive permanentemente ansioso, frustrado e insatisfeito. Fica
impaciente na hora de resolver até o mais simples dos problemas.
Falta de Confiança
– A pessoa continua indo ao trabalho mesmo no estado em que se encontra, porque
tem medo que ninguém acredite que está doente.
Ceticismo – Não
acredita em uma solução clínica para o problema e só recorre a ajuda médica
quando as doenças oportunistas se manifestam.
Depressão – O
profissional passa por uma fase de tristeza profunda, chegando a chorar sem motivo.
Instabilidade – O
doente fica hipersensível e muda de humor sem razão objetiva.
Insegurança –
Sentindo-se inseguro, prefere não tomar decisões sozinho.
Dispersão –
Diminui sua capacidade de concentração nas conversas. Muda o foco de um projeto
sem acabá-lo e se esquece das coisas com frequência.
COMO TRATAR:
A resposta está dentro e fora do trabalho. É necessário mudar a forma
de encarar suas tarefas na empresa e se entreter com outras atividades que lhe
proporcionem prazer.
Descanso – Para
combater a sensação de improdutividade, é preciso tirar férias e folgas,
evitando lugares e pessoas que lembrem o ambiente de trabalho.
Nova Função –
Mudar de função ajuda muito. Analise sua consciência e questione se você está
na posição e área mais compatível com o seu perfil.
Convívio Social –
Melhore a qualidade da vida social. Evite pessoas de quem não goste. Faça novas
amizades, faça cursos, participe de trabalhos voluntários. Faça o que faz bem a
você.
Remédios e Terapia
– Medicamentos só com orientação médica. Consulte um especialista. É
fundamental acompanhar o tratamento químico com psicoterapia, para tratar não
só os sintomas, mas as causas do distúrbio.
Exercícios –
Especialistas recomendam exercícios físicos no dia-a-dia. Comece devagar, com
orientação e depois de uma avaliação física.
Dieta Saudável –
Abandone os maus hábitos alimentares e adote horários regulares.
Atividades Mentais e
Manuais – Aprenda a tocar um instrumento musical. Faça as coisas você mesmo
(ex. lixar, pintar, consertar um objeto etc.)
Descubra prazer nas atividades domésticas, como culinária. Aumente o tempo
dedicado ao lazer e, se possível, viaje.
Abandono de Vícios
– Para de fumar e/ou evite o abuso de álcool.
Comentários
Postar um comentário