Disruptura


Na década de 1970, uma empresa chegou a ser dona de 80% da venda das câmeras fotográficas e de 90% de filmes fotográficos. E na mesma década, ela mesmo inventou a câmera digital. Só que, prevendo que câmera digital iria prejudicar a venda de filmes, eles engavetaram a tecnologia. Duas décadas depois, as câmeras digitais apareceram com força e quebraram a empresa. Ela até tentou sobreviver, lançou câmeras digitais, mas seu nome não era mais sinônimo de fotografia. Faliu em 2012 e acabou com uma marca "imbatível", que, embora esteja de volta nos dias de hoje, não é mais a mesma. Trata-se da Kodak.
O seu nome foi sinônimo de cópia no Brasil. A empresa tinha como objetivo de criar novas tecnologias inovadoras. E conseguiram: computadores, impressão à laser, Ethernet, peer-to-peer, desktop, interfaces gráficas, mouse e muito mais. Steve Jobs só criou a interface gráfica de seus computadores após uma visita ao centro tecnológico da empresa no coração do Vale do Silício. E ele não foi o único a “copiar” uma tecnologia deles com o intuito de lucrar. Muitos outros o fizeram e ganharam bastante dinheiro com as tecnologias desenvolvidas pela empresa. Contudo, um player do mercado pouco aproveitou das tecnologias desenvolvidas pela companhia: a própria. Isso é uma prova de que não adianta ter um time de inovação dentro da sua empresa criando coisas sensacionais. Inovação também é gestão. Não adianta ter os melhores inovadores na companhia se seus gerentes não conseguem implementar essas inovações para o mercado – uma regra de ouro para Larry Page. O seu nome é Xerox.
Em 2005 o site! era o maior portal de internet do mundo e chegou a valer US$ 125 bilhões. Pouco mais de 10 anos depois, a companhia acaba de ser vendida por um preço modestíssimo, apenas por US$ 4,8 bilhões. Uma fração dos US$ 44,6 bilhões oferecidos pela Microsoft em 2008, quando a empresa já estava em crise. Tudo isso para sacramentar a morte da empresa como companhia independente. O que deu errado? O posicionamento da companhia e a falta de inovação. Ela poderia ser o maior portal de pesquisa da internet, mas decidiram ser um portal de mídia. Foi por isso que não compraram o Google e não conseguiram comprar o Facebook. Aliás, a primeira oportunidade de comprar o Google foi por US$ 1 milhão, quando a atual empresa mais valiosa do mundo era só uma startup. Falamos do Yahoo!.

A sua empresa não inova?

A velocidade das mudanças são cada vez mais rápidas, e acompanhar essa evolução já não é apenas desejável, mas uma questão de sobrevivência em um mercado interconectado em que, frequentemente, a concorrência não respeita fronteiras e aquela inovação disruptiva, que muda toda uma indústria, pode acontecer a qualquer momento.

Inovar os negócios de sua empresa é reinventar os processos internos e identificar oportunidades de ganhar mais, gastando menos, saindo da sua zona de conforto buscando sempre melhores resultados.

As empresas devem sempre estar próxima das startups e sempre investir em programas de P&D (pesquisa e desenvolvimento). Na busca das respostas para duas questões:“Como posso fazer isso melhor?”;“o que eu posso fazer de novo mas ainda não tentei?”

Não importa se você é uma empresa de alta tecnologia ou uma distribuidora de GLP,  muito provavelmente outra companhia virá e tomará seu lugar. Isso afeta principalmente as empresas que já foram grandes inovadoras em seus dias. Inovação é o que mantém as empresas vivas.

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