NUNCA ABRA MÃO DOS SEUS VALORES PESSOAIS


“O que existe atrás de nós e o que se encontra à nossa frente são problemas menores, comparados com o que existe dentro de nós”. Oliver Wendell Holmes




Nos anos 70, um navio petroleiro brasileiro se deparou com um barco a deriva em alto mar. O barco estava cheio de refugiados do Vietnã. Algo comum na época. O comandante do petroleiro comovido pela situação desesperadora das pessoas decidiu resgatar a todos da embarcação a deriva. Os refugiados estavam sem água e comida. Todos foram salvos graças à atitude humanitária do comandante. No dia seguinte ao resgate um ciclone varreu a região onde se encontrava o barco a deriva não deixando nenhum rastro de embarcação. O comandante havia sido instrumento para salvar todas aquelas vidas.

Na volta do navio petroleiro para casa o comandante foi demitido por quebrar regras da companhia e da determinação do governo brasileiro de não resgatar refugiados em alto mar.
A companhia estatal seguiu ordem do governo e o comandante não pode fechar os seus olhos para ajuda humanitária. Conflitos desta natureza nós enfrentamos diariamente no ambiente de trabalho. 
Somos sempre chamados a tomar decisões que instigam nossos valores pessoais. Este tipo de decisão gera o que denominamos de conflito de valores quando os valores pessoais falam mais alto do que os valores corporativos. 

Nas corporações verificamos que quanto maior o nível profissional da equipe maior será o terreno para existência de conflito de valores. A mediocridade gera um falso sentimento de paz corporativa, neste caso a falta de conflitos só se dá pela acomodação da vala dos comuns. Nada substitui o dialogo aberto no ambiente de trabalho, não existe nada pior dentro de uma organização quando o profissional é obrigado a quebrar seus valores pessoais. Os valores pessoais são formados ao longo de sua trajetória e fazem parte do âmago da sua existência. O rompimento destes valores traz conseqüências psicológicas e físicas sérias levando a perda de produtividade, motivação e saúde. O limite da sua flexibilidade está diretamente relacionado à profundidade dos conceitos éticos e morais assimilados.

Os valores pessoais são crenças que representam metas desejáveis para cada um de nós dispostas em camadas, quanto mais profunda será de difícil mudança. A profundidade que a crença se encontra define o grau de tolerância para determinados conflitos organizacionais.

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