Luto

Estamos de luto! É mais uma vida ceifada, mais uma esperança que se esvai, em meio a uma escalada de violência que parece não ter fim e que coloca a sociedade inteira como refém do medo. O nosso luto sinaliza a nossa dor, mas também tem nossa indignação. Há em mim o sentimento de que não podemos continuar somando perdas e de que é preciso dar um basta à criminalidade, devolvendo-se às famílias a segurança, que é um dos bens mais preciosos em país civilizado.
Ninguém e nada tará o Neto de volta. Ele só queria comprar um remédio. Como se banalizou o ato de matar. Em qualquer rua ou bairro, a qualquer momento, marginais de todas as idades,atiram com espantosa naturalidade. E os tiros certeiros vão ampliando insidiosamente as estatísticas macabras. Este fenômeno sobrepuja a capacidade de um aparato repressor. A criminalidade um problema extremamente complexo, em cuja solução deve envolver-se toda a sociedade. Chega de tanto descaminho! Chega de tanta impunidade! Basta! Vivemos tempos como de Noé onde a violência é o melhor que esta sociedade corroída de valores, crença e princípios só pode oferecer.


"Um arquiteto de 63 anos foi morto durante um assalto a uma farmácia na noite de terça-feira (29) na Chácara Klabin, Zona Sul de São Paulo, como mostrou o Bom Dia São Paulo.

Os criminosos chegaram ao estabelecimento na Avenida Prefeito Fábio Prado por volta das 21h30. O arquiteto Ernesto Pisanelli Neto, que comprava remédios para a mulher nesse momento, estava no caixa quando os bandidos anunciaram o assalto.

A Polícia Militar informou, por meio de nota, que o arquiteto não quis entregar o que os assaltantes queriam. Porém, os funcionários da drogaria disseram que a vítima não reagiu, mas chegou a pedir calma aos ladrões. Nesse instante, um dos criminosos atirou duas vezes.

Ernesto morreu no local, após ter sido atingido por disparos no peito e na barriga. A mulher dele, que esperava no carro, viu tudo. Os bandidos fugiram antes de a polícia chegar. Como as câmeras da farmácia não estavam funcionando, a polícia não tem pistas sobre os bandidos."  - G1

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