O hino e seu povo


A cantora Vanusa, ícone da jovem guarda, passou a maior vergonha da sua carreira de mais de quarenta anos, ao se apresentar, no Encontro Estadual de Agentes Públicos, na Assembléia Legislativa de São Paulo. Era para ela interpretar o hino nacional, e acabou inventando um novo.
O massacre público começou na internet e contaminou todos os veículos de comunicação. Esqueceram dos atos secretos do senado e da gripe “suína”. Por onde andava o comentário era somente: Gigante pela própria natureza, És belo, és forte, ÉS… RISONHO… E LÍMPIDO! SE EM TEU FORMOSO… RISONHO E LÍMPIDO…A IMAGEM DO CRUZEIRO…!

O brasileiro devido ao seu repudio ao golpe de 1964 perdeu o senso de civismo e patriotismo mal conhecendo o seu próprio hino. A geração da ditadura privou a nova geração a entoar letra de Joaquim Osório Duque Estrada e música de Francisco Manuel da Silva.
Na minha infância em todas as datas solenes no colégio “Julio Pereira Lopez” a dona Wilma me colocava, junto com meus irmãos, para hastear a nossa bandeira nacional. Para nós era uma honra apesar do período de ditadura. Tínhamos na nossa história fatos marcantes como o movimento constitucionalista de 1932, onde São Paulo ousou enfrentar Getúlio cobrando uma promessa, a Carta Constituinte.
Na letra do nosso hino tem um trecho que sempre me incomodou: “Deitado eternamente em berço esplêndido”. O Brasil sempre foi considerado o país do futuro, mas permanecia deitado, inerte às oportunidades apesar das suas riquezas.
O gigante acordou embalado pelos anos dourados da economia mundial de 2003 a 2008. Acumulamos reservas, reduzimos nosso endividamento, a inflação permaneceu controlada, os juros caíram, o nosso crédito doméstico aumentou significativamente, a distribuição de renda melhorou e o governo aprendeu a arrecadar com voracidade.
O Brasil passou a ser o país do presente com fundamentos estáveis e principalmente com uma previsibilidade de longo prazo. Passamos a enxergar 15 anos à frente.
 A nossa economia crescerá forte em torno de 5,0% em média nos próximos 10 anos. A inflação terá momentos de pressão que deverão ser controlados com oscilação de taxa de juros de 0,5% a 1%, coisa de economia controlada.
Quando o pré sal começar a mostrar resultados, provavelmente em 2015 com a “PeteBras”, afinal o petróleo é nosso,  teremos uma nova alavancagem de infraestrutura que possibilitará um novo impulso de ritmo mais intenso.
O nosso limite de crescimento está na precariedade da infraestrutura disponível e principalmente a falta de poupança interna para financiar a expansão. A situação nos remete a necessidade de captação externa.
A economia mundial agradece à situação e percebe uma excelente oportunidade de financiar os bons projetos brasileiros.
Acredito que precisamos imediatamente avançar nas reformas, o senado em 2009 não votou nada somente ficou ruminando os seus devaneios clientelistas e coronelistas fruto de uma liderança arcaica e corrompida e pelo individualismo sem princípios morais e éticos. Espelho da nossa sociedade que ainda permanece com as manchas morais da nossa colonização.
O brasileiro era visto como aquele que queria só tirar vantagem, Certo! Agora queremos ser visto como aqueles que criam oportunidades. O Congresso precisa acompanhar as mudanças.
No próximo ano teremos eleições além da copa do mundo. O senado poderá ser renovado em 2/3. A Câmara de deputados federais e estaduais em 100%. Fora os governos estaduais e presidência da república. Vamos entregar essa “Ferrari Vermelha” novinha para aqueles que sabem dirigir.
Pense Nisso! Vamos entoar nosso hino.

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